Tabagismo: Consequências cardiorrespiratórias

Resumo

RESUMO: O tabagismo, ou dependência física e psicológica do uso de produtos do tabaco, é um problema amplamente disseminado na sociedade moderna, e acarreta uma miríade de malefícios à saúde, de modo que o estudo da correlação desse fator torna-se importante na questão dinâmica da saúde pública, uma vez que sobre o viés epidemiológico constatou-se o tabagismo como a segunda maior causa evitável de morte no mundo, depois de hipertensão arterial. Diante disso, o presente trabalho visa a abordar especialmente as consequências cardiorrespiratórias do abuso dessas substâncias do tabaco que causam dependência física e psicológica, que podem desencadear consequências cardiorrespiratórias e provocar alterações fisiopatológicas  como a Doença  Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a qual compreende o enfisema pulmonar e a bronquite crônica, bem como metaplasia escamosa, aterosclerose, hipertensão arterial sistêmica, acidente vascular cerebral, infarto águdo do miocárdio, cânceres, entre outras. Essas enfermidades acarretam mudanças histológicas importantes, prejuízo aos mecanismos de condução de ar e  sangue, promovem também mutações no material genético que podem levar a carcinoma de pulmão, proveniente da exposição crônica a fumaças, especialmente da nicotina. Além de alterarem a atividade de leucócitos, impactam nos processos de fagocitose e produção de citocinas de inflamação pelo sistema imune. No Brasil, 13% das mortes são atribuíveis ao tabagismo, com o aumento das políticas de combate ao fumo implementadas desde 1990 até hoje, observou-se que conforme aumentava-se o preço e os impostos do cigarro mais de 204 mil vidas foram poupadas. Logo, as substâncias tóxicas oriundas do tabaco e seus similares geram prazer e redução de estress  no ato de fumar, mascarando as propriedades altamente viciantes que ao longo do tempo resultam em danos cumulativos ao organismo. Assim, mesmo com a existência de programas de combate ao tabagismo, as conseqências cardiorrespirratórias permanecem como um grave e prevalente problema de saúde pública no Brasil. Isso justifica a necessidade da implantação de boas técnicas de diagnóstico precoce, disseminação de conhecimento para a população e comunidade médica  a fim de salvar vidas, prevenir doenças e proporcionar maior qualidade de vida aos cidadãos.

Indexadores: tabagismo, substâncias tóxicas, tabaco, DPOC, fumaça, enfisema, inflamação.