RELIGIOSIDADE/ESPIRITUALIDADE E ADESÃO AO TRATAMENTO EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
DOI:
https://doi.org/10.32963/bcmufsc.v4i2.2898Palavras-chave:
Espiritualidade, Hipertensão, Adesão à medicacãoResumo
Introdução: A não adesão ao tratamento é um fator de risco frequentemente não reconhecido que contribui para a pressão arterial não controlada. Religiosidade e espiritualidade atuam como fatores comportamentais que podem interferir no desenvolvimento e no curso de determinadas doenças, como a hipertensão arterial sistêmica. Objetivos: Este estudo objetiva conhecer os níveis de adesão ao tratamento, de religiosidade e espiritualidade dos pacientes com hipertensão arterial sistêmica; e verificar se há relação entre os mesmos. Método: Foram selecionados 100 pacientes com hipertensão arterial, acima de 18 anos, em ambulatório de cardiologia e realizada entrevista estruturada com instrumentos validados para avaliação da adesão terapêutica, da religiosidade e da espiritualidade. Resultados: A prevalência de adesão terapêutica encontrada foi de 41%. Observou-se associação entre idade mais elevada, maior tempo de tratamento e adesão (p = 0,02). Os pacientes aderentes apresentaram altos níveis de religiosidade e espiritualidade, não sendo observada associação significativa entre adesão e religiosidade (p = 0,11) ou espiritualidade (p = 0,53). Conclusões: Na casuística estudada, foram encontrados altos níveis de adesão ao tratamento, de religiosidade e de espiritualidade. Não houve relação estatisticamente significativa entre esses fatores.Referências
Simão AF, Précoma DB, Andrade JP, Correa Filho H, Saraiva JFK, Oliveira GMM, et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013: 101 (6Supl.2): 1-63.
Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2010; 95(1 supl.1): 1-51.
Munger MA, Van Tassell BW, LaFleur J. Medication nonadherence: an unrecognized cardiovascular risk factor. Med Gen Med. 2007; 9(3): 58.
Koenig HG. Religião e saúde. In: Koenig HG. Medicine, religion, and health: where science and spirituality meet. West Conshohocken: Templeton Press; 2008. p.54-67. Tradução: Iuri Abreu. Porto Alegre: L&PM, 2012.
Silva LBE, Silva SSBE, Marcílio AG, Pierin AMG. Prevalência de hipertensão arterial em Adventistas de Sétimo Dia da capital e do interior paulista. Arq Bras Cardiol. 2012; 98(4):329-337.
Bell CN, Bowie JV, Thorpe Jr, RJ. The interrelationship between hypertension and blood pressure, attendance at religious services, and race/ethnicity. J Relig Health. 2012; 51:310-322.
Buck A, Williams DR, Musick MA, Sternthal MJ. An examination of the relationship between multiple dimensions of religiosity, blood pressure, and hypertension. Soc Sci Med. 2009; 68(2): 314-322.
Kretchy I, Owusu-Daaku F, Danquah S. Spiritual and religious beliefs: do they matter in the medication adherence behavior of hypertensive patients? Biopsychosoc Med. 2013; 7:15.
Koenig HG. Termos do debate. In: Koenig HG. Medicine, religion, and health: where science and spirituality meet. West Conshohocken: Templeton Press; 2008. p.9-20. Tradução: Iuri Abreu. Porto Alegre: L&PM, 2012.
Oliveira-Filho AD, Morisky DE, Neves SJF, Costa FA, Lyra Junior DP. The 8-item Morisky medication adherence scale: validation of a Brazilian-Portuguese version in hypertensive adults. Res Social Adm Pharm. 2014; 10: 554–561.
Oliveira-Filho AD, Barreto-Filho JÁ, Neves SJF, Lyra Junior DP. Relação entre a escala de adesão terapêutica de oito itens de Morisky (MMAS-8) e o controle da pressão arterial. Arq Bras Cardiol. 2012; 99(1):649-658.
Moreira-Almeida A, Peres MF, Lotufo Neto F, Koenig HG. Versão em português da escala de religiosidade da Duke – DUREL. Rev Psiq Clin. 2008; 35(1): 31-32.
Taunay TCD, Gondim FAA, Macêdo DS, Moreira-Almeida A, Gurgel LA, Andrade LMS, et al. Validação da versão brasileira da escala de religiosidade de Duke (DUREL). Rev Psiq Clin. 2012; 39(4): 130-5.
Gonçalves MAS, Pillon SC. Adaptação transcultural e avaliação da consistência interna da versão em português da Spirituality Self Rating Scale (SSRS). Rev Psiq Clín. 2009; 36(1): 10-15.
Galanter M, Dermatis H, Bunt G, Williams C, Trujillo M, Steinke P. Assessment of spirituality and its relevance to addiction treatment. J Subst Abuse Treat. 2007; 33: 257-264.
Bastos-Barbosa RG, Ferriolli E, Moriguti JC, Nogueira CB, Nobre F, Ueta J, et al. Adesão ao tratamento e controle da pressão arterial em idosos com hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2012; 99(1): 636-641.
Busnello RG, Melchior R, Faccin C, Vettori D, Petter J, Moreira LB, et al . Características associadas ao abandono do acompanhamento de pacientes hipertensos atendidos em um ambulatório de referência. Arq Bras Cardiol. 2001; 76(5):349-51.
Holt-Lunstad J, Steffen PR, Sandberg J, Jensen B. Understanding the connection between spiritual well-being and physical health: an examination of ambulatory blood pressure, inflammation, blood lipids and fasting glucose. J Behav Med. 2011; 34:477–488.
Banerjee AT, Boyle MH, Anand SS, Strachan PH, Oremus M. The relationship between religious service attendance and coronary heart disease and related risk factors in Saskatchewan, Canada. J Relig Health. 2014; 53:141-156.
Heinisch RH, Stange LJ. Religiosidade e doenças cardiovasculares. Arq Catarin Med. 2014; 43(4): 77-83.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).