A pratica da invisibilidade social sobre as áreas de concentração de pobreza na imprensa de Blumenau (SC)

Autores

  • Magali Moser FURB
  • Jorge Kanehide Ijuim UFSC

Resumo

Diante da imagem de cidade rica, polo industrial e detentora de um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do País, a cidade de Blumenau/SC esconde outra realidade por trás dos morros. O processo de exclusão associado a práticas de higienização social adotadas em todo o país se repetem no município conhecido por ostentar títulos como “Europa brasileira” e “Loira Blumenau”. Mas os contrastes observados em Blumenau são chocantes: dados do IBGE colocam a cidade como a maior possuidora de habitantes em favelas do Estado. No entanto, a invisibilidade social das áreas de concentração de pobreza alcança também a imprensa. Como a questão dificilmente vem à tona, é como se o problema não existisse. A intenção deste artigo é provocar o debate a respeito dessas práticas no jornalismo e problematizar a questão do deslocamento de populações numa clara demonstração de que para o poder público ao longo do tempo, a prioridade é remover e não resolver a situação. Com base numa amostra de textos publicados pela mídia, pretendemos discutir os porquês para o silêncio da imprensa regional para a exclusão social em Blumenau. A proposta de reflexão do trabalho se ampara nos conceitos de reportagem, jornalismo libertador e nas ideias de Boaventura de Sousa Santos. 

Biografia do Autor

Magali Moser, FURB

Jornalista, especialista em Estudos Literários, mestranda do Programa de Pós-graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professora do Curso de Jornalismo da Universidade Regional de Blumenau (FURB)

Jorge Kanehide Ijuim, UFSC

Jornalista, doutor em Ciências da Comunicação/Jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP; Professor do Programa de Pós-graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC

Publicado

2015-09-18

Edição

Seção

Artigos