A transição do trabalho escravo para o trabalho livre no Brasil: Um processo de acumulação primitiva em uma economia dependente

Autores

  • Maicon Cláudio Da Silva Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Lauro Francisco Mattei Departamento de Economia e Relações Internacionais (CNM) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Resumo

Este estudo discute a transição do trabalho escravo para o trabalho livre no Brasil. Inicialmente faz-se uma breve revisão da estrutura econômica do país durante o período imperial, destacando-se os três elementos que a caracterizaram: produção para o mercado externo; grande lavoura monocultora; e trabalho escravo. A partir destas características, analisam-se os instrumentos utilizados pelas elites brasileiras para realizar esta transição, chamando atenção para o uso de leis paliativas, da lei de terras e da própria política de imigração. A conclusão geral é que a abolição da escravidão não promoveu nenhuma alteração significativa, tanto na forma da organização da produção, que continuou sendo comandada por grandes latifúndios, como na distribuição da riqueza, que continuou altamente concentrada em poucos segmentos da elite nacional.

Biografia do Autor

Maicon Cláudio Da Silva, Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Secretário do Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA-UFSC).

Lauro Francisco Mattei, Departamento de Economia e Relações Internacionais (CNM) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Santa Catarina (1985); Especialização em Políticas Públicas pela Universidade do Texas (1993-1994); Doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (1999) e Pós-Doutorado pela Universidade de Oxford (2008-2009).

Publicado

2015-12-15

Edição

Seção

Artigos