A natureza do mecanicismo cartesiano

Autores

  • César Augusto Battisti Unioeste

Palavras-chave:

mecanicismo, Descartes, antifinalismo, causa eficiente, fisiologia cartesiana, física cartesiana

Resumo

O texto examina as características centrais do mecanicismo moderno a partir de seu principal representante, René Descartes. Ele começa apresentando cinco elementos a partir dos quais esse movimento intelectual do século XVII pode ser compreendido adequadamente (a redução das entidades e dos processos naturais a elementos simples e a suas combinações; a utilização da máquina como modelo explicativo; a introdução da matemática na estrutura da explicação científica; a distinção entre mundo humano-volitivo e mundo natural-determinista; a redução da causalidade à causalidade eficiente e a negação da teleologia). Em seguida, depois de examinar o antifinalismo de Descartes, ele analise: 1) os fundamentos filosóficos do mecanicismo cartesiano (especialmente a emergência do mundo sensitivo, cuja má compreensão acarreta o antropomorfismo e a atribuição de propriedades qualitativas à matéria); 2) o mecanicismo do ponto de vista fisiológico (cujo resultado principal é a demonstração da subjetividade das qualidades secundárias em contraposição à objetividade das primárias); e, 3) o mecanicismo do ponto de vista físico (cujas principais consequências são a dessemelhança entre os objetos externos e as nossas sensações, e a explicação dos fenômenos físicos por um número reduzido de propriedades quantitativas da matéria). Palavras-chave: mecanicismo; Descartes; antifinalismo; causa eficiente; fisiologia cartesiana; física cartesiana.

Biografia do Autor

César Augusto Battisti, Unioeste

Doutor em Filosofia e professor dos Cursos de Graduação e de Mestrado em Filosofia da Unioeste.

Downloads

Publicado

2010-10-13

Edição

Seção

Artigos