Do governo pastoral à governamentalidade: crítica da razão política em Michel Foucault

Autores

  • Rone Eleandro Santos FAFICH/UFMG

Palavras-chave:

governo, poder pastoral, crítica da razão política, estado de polícia

Resumo

Com o presente artigo pretendemos demonstrar as questões levantadas por Michel Foucault sobre a temática do governo no curso Securité, Territoire, Population  proferido no Collège de France em 1977-1978. Veremos como para este filósofo governar não significa agir de forma a tornar o Estado uma entidade soberana e centralizada, mas é antes uma espécie de “pastoral” que, usando uma variedade de técnicas de controle, visa dirigir, sustentar e conhecer a fundo “todos e cada um” dos indivíduos. O “governo pastoral” é fruto da aproximação foucaultiana entre o pastorado cristão e uma nova maneira de governar surgida entre os séculos XVII e XVIII e denominada através de neologismo “governamentalidade”, onde o domínio de ação é calculado graças a uma série de instrumentos que compõem a nascente tecnologia de governo chamada polícia.

Biografia do Autor

Rone Eleandro Santos, FAFICH/UFMG

Pós-Graduado em Filosofia (IFAC/UFOP), Mestrando em Filosofia Social e Política (FAFICH/UFMG), bolsista CAPES. Professor e Coordenador do curso de Filosofia das Faculdades Integradas Paiva de Vilhena ? UEMG/Campus Campanha-MG.

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Publicado

2010-04-04

Edição

Seção

Artigos