A corrupção política na teoria republicana de Rousseau

Autores

Palavras-chave:

Corrupção política, Governo, Soberano, Rousseau

Resumo

O presente artigo pretende demonstrar como o pensamento de Rousseau, ao recepcionar o legado antigo sobre a perecibilidade das ordens políticas, confere um aprofundamento a essa discussão e a expande para uma reflexão acerca do problema da corrupção política, que tem como ponto crucial as tensões entre governo e soberano. Almejando analisar o problema da corrupção política na teoria republicana rousseauísta, teremos dois objetivos fundamentais: buscaremos entender a genealogia das discussões sobre a transitoriedade das formas de governo tendo como eixo as teorias apresentadas por Platão e Políbio, e compreender como, a partir da assimilação do legado da transitoriedade das formas de governo, Rousseau instaura um profícuo debate acerca da usurpação do soberano pelo governo e a respeito da corrupção política na república.

Biografia do Autor

Vital Francisco Celestino Alves, Professor Assistente na Universidade de Brasília

Mestre e Doutor em Filosofia pela UFG na linha de pesquisa de Ética e Filosofia Politica. Entre 2015-2016 realizei estágio doutorado sanduíche na Université Montpellier III e nesse período também participei dos encontros promovidos pelo Centre Rousseau na Université Sorbonne, Paris III. Sou membro do Grupo Interdisciplinar de pesquisa Jean-Jacques Rousseau e do GT Rousseau e o Iluminismo. Fui professor substituto na UFG (2013-2015) e atualmente sou professor assistente na UnB.

Referências

ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

ALICI, Luca. Rousseau e il repubblicanesimo. Pisa: Bollettino di filosofia política, 2003.

BERTRAM, Christopher. Routledge philosophy guidebook to Rousseau and The Social Contract. Nova Iorque: Routledge. 2004.

BOBBIO, Norberto. A teoria das formas de governo. Brasília: UnB, 1980.

BODIN, Jean. Os seis livros da república. São Paulo: Ícone, 2016.

CÍCERO, Marco Túlio. La République. Paris: Gallimard, 1994.

HERODOTO. História. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1997. (Os Pensadores).

JAEGER, Werner. Paideia – a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

MAQUIAVEL, N. Discurso sobre a primeira década de Tito Lívio. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

MONTESQUIEU. Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e da sua decadência. São Paulo: Saraiva, 2005.

MOSCATELI, Renato. Rousseau frente ao legado de Montesquieu – história e teoria política no Século das Luzes. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2010.

PETTIT, P. Républicanisme – une théorie de la liberté et du governement. Paris: Gallimard, 2004.

PLATÃO. A república. São Paulo: Nova Cultural, 1997. (Os Pensadores).

_______. As leis. São Paulo: Edipro, 2010.

_______. O político. São Paulo: Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores).

POLÍBIO. História. Brasília: UnB, 1985.

ROUSSEAU, J.-J. Oeuvres complètes. Paris: Gallimard, volumes I, II, III et IV – 1959, 1961, 1964, 1969. (Bibliothèque de La Pléiade)

____________. Do Contrato Social. Tradução de Lourdes Santos Machado; Introdução e notas de Paul Arbousse-Bastide e Lourival Gomes Machado São Paulo: Nova Cultural, 1997. (Os Pensadores).

SHKLAR, Judith N. Men and Citizens – A study of Rousseau’s social theory. Cambridge studies in the history and theory of politics. London: The University of Chicago and London, 1985.

SOUZA, Maria das Graças. Ocasião propícia, ocasião nefasta: tempo, história e ação política em Rousseau. Trans/Form/Ação. Marília-SP, Ed. UNESP, 2006.

Downloads

Publicado

2020-11-30

Edição

Seção

Artigos