COBERTURAS VERDES E CONVENCIONAIS E A MITIGAÇÃO DAS ILHAS DE CALOR URBANO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2018.v4.n3.107-119

Resumo

O presente estudo tem como objetivo principal investigar a possível colaboração da temperatura superficial de Coberturas Verdes (CVe) na mitigação dos efeitos das Ilhas de Calor Urbano (ICU). Foi utilizado um experimento constituído de uma CVe extensiva e telhados de comparação, formados de telhas cerâmicas vermelhas e telhas de fibrocimento. Os resultados permitiram inferir que quanto mais altas foram as temperaturas superficiais, maiores foram as perdas de calor para o ambiente, sendo que as coberturas cerâmica e de fibrocimento foram as que mais aqueceram durante o dia e as que mais rapidamente resfriaram à noite. A cobertura cerâmica apresentou as maiores temperaturas superficiais, seguidas pela cobertura de fibrocimento e pela CVe. Contudo, através de análises estatísticas verificou-se que entre as médias das temperaturas superficiais da cerâmica e do fibrocimento não houve diferenças significativas, contrariamente à CVe, que teve a menor variação na temperatura superficial, mantendo mais estáveis essas temperaturas tanto de dia quanto à noite e que, estatisticamente, apresentou diferenças significativas com relação à cerâmica e a fibrocimento. Verificou-se que o envelhecimento e a sujeira depositada sobre a telha cerâmica poderiam ser fatores que influenciaram o seu desempenho térmico, sobreaquecendo sua superfície mais do que a superfície do fibrocimento.

Biografia do Autor

Mateus Pedro Scroccaro, UFPR -UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, sendo que parte do curso foi realizada na Ecole d’Architecture Paris la Seine, na França. Especialista em Planejamento e Gestão de Negócios. Mestrando do curso de Pós Graduação em Engenharia da Construção Civil (Mestrado), área de concentração Ambiente Construído e Gestão, UFPR.

Cristina de Araujo Lima, UFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Arquiteta urbanista, doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento (UFPR - 2000), com estágio pós-doutoral (ENSAP Bordeaux, França - 2011). Professora Associada da Universidade Federal do Paraná - UFPR - Dep. Arquitetura e Urbanismo; Professora Permanente do Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento PPGMADE (desde 2002) e do Mestrado em Planejamento Urbano PPU (desde 2015); co-orientadora de tese de doutorado pela Universidade de Bordeaux, France.

Sérgio Fernando Tavares, UFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Doutor em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005), é formado em Arquitetura. Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Paraná no Departamento de Arquitetura e Urbanismo e no Programa de Pós Graduação em Engenharia da Construção Civil. Trabalhou no desenvolvimento de projetos industriais, usinas hidrelétricas e outros projetos de grande porte. Leciona disciplinas de Desenho Arquitetônico, Sustentabilidade aplicada às edificações e Metodologia da Pesquisa Científica.

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Publicado

2018-10-24

Como Citar

Scroccaro, M. P., Lima, C. de A., & Tavares, S. F. (2018). COBERTURAS VERDES E CONVENCIONAIS E A MITIGAÇÃO DAS ILHAS DE CALOR URBANO. IX Sustentável, 4(3), 109–121. https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2018.v4.n3.107-119