A CONCEPÇÃO DE CIDADES CRIATIVAS SUSTENTÁVEIS
DOI:
https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2016.v2.n2.67-72Palavras-chave:
Cidades criativas, Sustentabilidade, Planejamento urbano, Soluções criativas.Resumo
O tema da sustentabilidade tem sido amplamente discutido desde a crise energética dos anos 70, momento em que a humanidade percebeu a importância e necessidade de consumo responsável dos recursos naturais. Nesta oportunidade surgiu também a premissa de que devemos consumir os recursos existentes de forma a satisfazer as necessidades atuais sem comprometê-los para as gerações futuras. Um pouco mais recente, o conceito de ‘cidades criativas’ surge como pólo irradiador de conhecimento e soluções inovadoras no âmbito das cidades, sendo a sustentabilidade uma pauta importante neste contexto. Entretanto, ao conectar e replicar tais visões, torna-se fundamental uma análise das reais necessidades e iniciativas de cada comunidade, a serem abordadas neste artigo.
Referências
No atual ritmo de desenvolvimento, Vassalo e Figueiredo (2010) destacam que a ONU projeta que no ano de 2050 o planeta terá aproximadamente 2,5 bilhões de habitantes a mais do que hoje, totalizando 9 bilhões de pessoas em todo o globo terrestre. Por volta do ano 2030 há a previsão de que 80% da população viverá nas cidades.
A cidade sustentável interpretada por Vassalo e Figueiredo (2010) é aquela organizada de modo que seus habitantes tenham a possibilidade de satisfazerem suas necessidades, aliado ao seu bem-estar sem denegrirem o ambiente natural, garantindo especialmente a manutenção dos recursos necessários para a vida presente e futura.
Neste contexto, Costa, Seixas e Oliveira (2009) introduzem o conceito de cidade criativa propondo uma relação entre criatividade e promoção do desenvolvimento urbano, através da valorização das atividades culturais e criativas na promoção econômica e no desenvolvimento territorial.
Estima-se que as cidades já utilizam mais de 50% das fontes mundiais de energia, sendo o setor da construção civil responsável pelo consumo de 40% dos recursos naturais, 40% da energia e 40% das emissões poluentes, tendo consequências desastrosas sobre o meio ambiente (MOTTA, AGUILAR, 2009).
Conforme Edwards e Hyett (2013), a sustentabilidade posiciona-se cada vez mais como um item de relevância do projeto arquitetônico no século XXI, o qual possui uma dimensão social e também estética, servindo a tecnologia como ligação entre ambas.
“ Edificação sustentável é aquela que pode manter moderadamente ou melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima, a tradição, a cultura e o ambiente na região, ao mesmo tempo em que conserva a energia e os recursos, recicla materiais e reduz as substâncias perigosas dentro da capacidade dos ecossistemas locais e globais, ao longo do ciclo de vida do edifício (ISO/TC 59/SC3 N 459) ”.
Furtado e Alves (2011) citam que a sustentabilidade ambiental é um fator de competitividade global, sendo que as cidades criativas possuem um papel importante na revitalização dos centros urbanos, visto que o fomento às atividades culturais leva à criação de espaços e equipamentos importantes, trazendo maior vitalidade à cidade, atraindo mais pessoas e diferentes culturas.
Quando se trata da preservação de áreas verdes, Lerner (2003) comenta sobre a importância das praças e cita exemplos diversos tipos de intervenções bem-sucedidas, como por exemplo, o Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro ou o Central Park de Nova Iorque (EUA).
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